terça-feira, 13 de maio de 2014

Comemoração dos 40 anos do 25 de Abril


O Departamento de Sociais e Humanas e as bibliotecas escolares, no âmbito das comemorações dos 40 anos do 25 de Abril, promoveram a realização de uma palestra no dia 12 de maio, pelas 14.00 horas, na Escola Sede do Agrupamento de Escolas de Pinhel. O palestrante convidado foi o professor Alfredo Carlos Barroco Esperança, atualmente aposentado. Em 1962 foi denunciado à PIDE. É colaborador da imprensa regional, nomeadamente do Jornal do Fundão. Escreveu o livro «Pedras Soltas», publicado em 2007 (foi oferecido pelo autor à Biblioteca da Escola Secundária/3 de Pinhel).
A palestra foi uma autêntica aula viva sobre os acontecimentos de antes e após o 25 de Abril. O palestrante enriqueceu este momento narrando as suas vivências nesse tempo às quais os nossos alunos não ficaram indiferentes. Agradecemos-lhe este momento único e a brilhante e sentida comunicação que nos proporcionou.
Depois da palestra seguiu-se a apresentação/inauguração do “Mural dos 40 anos do 25 de Abril”.. Com este painel, construído com as mãos de muitos alunos, professores e funcionários do Agrupamento de Escolas de Pinhel pretendemos representar a importância da nossa escola na vida coletiva de cada um de nós. Pretendemos transmitir a ideia da união, da liberdade e da descoberta.
Do mural constam algumas frases escolhidas pelos alunos do nosso agrupamento e uma frase retirada do poema de Manuel Alegre, intitulado “As mãos”.
Agradecemos de forma muito generosa à direção, na pessoa do Sr. Diretor, que nos apoiaram desde o primeiro momento; aos professores participantes em particular ao Professor Carlos Franco que, sempre e de forma incondicional, concebeu e dirigiu a execução; aos professores e alunos do curso CEF e Jardinagem e Espaços Verdes e 10.º C, de Artes Visuais e aos funcionários que ajudaram a executar o mural.
Aqui fica o poema completo de Manuel Alegre (O Canto e as Armas, 1967) dito pela aluna Eduarda do 10.º A:
As mãos
Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.


M.ª do Céu Ferreira
Manuel Perestrelo

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